2020-10-19

MOIMENTA DA BEIRA E A NOVA REVOLUÇÃO DO TABOLADO…ou de como o Povo de Moimenta se deixa «render», quer à renovação das tradições, quer à transformação e ao desenvolvimento. Desenvolvimento entendido como fator de progresso sustentável. 


Foto de Ant. Bondoso

Há sete anos, por ocasião da posse de José Eduardo Ferreira para o seu 2º mandato como Presidente do Município Moimentense, escrevi um pequeno texto com base nas linhas orientadoras por ele traçadas para definir a ação dos anos seguintes. 


Foto de Ant. Bondoso

E recordo por exemplo «Humildade, solidariedade e confiança» como imagens que marcaram o discurso de posse, reservando alguma dureza – os tempos eram outros – para o governo da República de então. E disse José Eduardo Ferreira: «Em tempos de dificuldades e de exigência, não só financeiras, o Estado está a retirar-se de uma parte considerável do país».

         Apesar de ter havido uma significativa inversão em 2015, o Estado não deixou de “retirar” das chamadas regiões de baixa densidade, aumentando serviços – por outro lado – e sem a correspondente atribuição de verbas.

         Apesar de tudo isso, o Presidente da Câmara de Moimenta da Beira não deixou de olhar para o futuro – particularmente da «Vila» - observando com pena o não «cumprimento» de velhas reivindicações essenciais ao desenvolvimento da região, como a questão do “regadio” que é fundamental para a produção da maçã, imagem de marca incontornável. 


Foto de Ant. Bondoso

De um outro ponto de vista, é de notar o avanço das obras de transformação e renovação do Jardim do Tabolado, nomeado como Largo do General Humberto Delgado – um dos espaços mais nobres da vila. Diz o projeto que «A intervenção, no âmbito da regeneração urbana, vai ainda permitir uma maior e melhor interligação entre os diferentes espaços que compõem a área de reabilitação, designadamente entre a ampla praça existente em frente ao edifício da Câmara Municipal e os seus espaços laterais, tornando-os, no seu conjunto, numa área urbanística física e visualmente contínua mais agradável e propícia a momentos de sociabilização e convívio». Para além, claro, da mobilidade pedonal.

Fig do Projeto de Renovação Urbana da CM de Moimenta da Beira.

         Sabe-se que a transformação urbana foi sempre rodeada de polémica, de críticas – como sinal de resistência à mudança, próprio da condição humana. Mesmo percebendo que o avanço é inevitável e que nada é imutável. E o «espaço» em referência já sofreu várias intervenções ao longo de um século. Se eu me recordo…outros bem mais antigos do que eu terão na memória todas as transformações.

António Bondoso

Outubro de 2020.

Nota: - se estiver interessado em consultar o meu texto de há 7 anos, pode aceder ao link:

https://moimentananet.blogspot.com/2013/10/o-povo-de-moimenta-da-beira-nao-se.html 

OU EM 

https://palavrasemviagem.blogspot.com/2013/10/o-povo-de-moimenta-nao-se-pode-render.html










 

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