2014-07-05

HÁ TARDES QUE VALEM OURO
(Com fotos de A.Bondoso)


NÃO É QUE O PASSADO VALHA APENAS PELA HISTÓRIA…MAS É MUITAS VEZES A ELE QUE RECORREMOS PARA GANHAR NOVAS FORÇAS PARA ENFRENTAS AS DIFICULDADES DO PRESENTE.
…ou de como a simplicidade e a qualidade de uma “Tertúlia Poética” à volta de Inês de Castro, fazem a grandeza de um espetáculo! E renovam a alma dos mortais. 
Organizada e dinamizada por Margarida Santos, poeta e artista plástica de Vila Nova de Gaia, a sessão iniciou-se com a suavidade da flauta e do oboé das irmãs Maria e Matilde Reis e com os acordes da guitarra clássica de Mário Ferreira.

David Cardoso interpretou um excerto adaptado do Auto da Visitação, de Gil Vicente e depois Margarida Santos centrou a sessão na leitura do excerto “Pedro Justiceiro e Cru de Inês de Castro/A Paixão fatal d’Elrei D. Pedro, de Fernando Correia da Silva.
A narrativa foi sendo suavizada por brilhantes momentos musicais e interpretações poéticas de Mário Ferreira e Maria Reis, destacando-se ainda o excerto – dito e cantado por Aurora Gaia – da Cantata à Morte de Inês de Castro, de Bocage.
O soneto de Inês, de Ary dos Santos, foi dito por Carlos Jorge Silva, que depois disse também A Linda Inês, de Fiama P. Brandão; Maria Helena Peixoto disse Pedro e Inês, de Ruy Belo e ainda Inês de Castro, de Miguel Torga; Aurora Gaia disse o seu A Castro; A Ferida Inesgotável foi interpretada por Cristina Martins; David Cardoso disse Chove, de José Gomes Ferreira; Cristina Martins e Clara Oliveira deram vida ao Tributo a Inês de Castro-Sou Bastarda, da autoria de Margarida Santos, tendo Clara Oliveira acompanhado igualmente David Cardoso na interpretação de Inês e Pedro 40 anos depois, de Ana Luísa Amaral. 

Antes do Convívio Medieval com fogaças e Porto tónico…a festa teve um final musical com Mário Ferreira a cantar, de Haendel, Ombra Mai Fu.
Tudo isto se passou, antes que me esqueça, no recuperado Convento Corpus Christi, em frente ao Cais de Gaia.

Fica igualmente um pequeno poema escrito hoje, antes da sessão: 

E O AMOR AINDA VIVE!

Inês !
Pedro …

Quiseram apagar o Amor
Da nossa Luz.

Mas a Luz…brilha
Suspirando
E o Amor…ainda respira!
=== A. Bondoso(inédito).
António Bondoso
Julho de 2014. 



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