QUAL É A PRESSA? ou…QUAL É O DRAMA?
Os Partidos políticos, as Presidenciais, as
suas posições sobre a vida das pessoas…ou de como, cada um de nós vai criando o
seu próprio partido, exatamente à medida do seu pensamento ou da falta dele. Cada
português é um potencial líder do partido que criou na sua imaginação.
A propósito de lideranças, das suas atitudes,
das suas decisões oportunas ou das suas hesitações, escrevia eu – já lá vão
muitos dias para além de 12 anos, ainda se apresentava ao público o jornal
Correio Beirão, de Moimenta da Beira – sobre a crise de António José Seguro,
então Secretário Geral do PS. Fui muito crítico na altura (poderão verificar
na ligação que vos deixo abaixo para o meu Blogue), apesar de compreender a
complexidade da situação vivida em Portugal. Mas os líderes foram eleitos,
precisamente para liderar e assumir opções. Tudo tem um risco.
Pedro Nuno Santos decidiu arriscar e perdeu. Não que fosse errado o seu pensamento. Foram as circunstâncias do momento, sobretudo quando o aconselharam a ser o que não era. Dizia-se que ninguém entendia o seu discurso e a sua batalha contra a direita. Queriam que ele procurasse o «Centro», quando isso já não era possível. Costa, enredado em hesitações sobre a saúde e sobre os professores, havia deixado toda a direita tomar conta do «centro». Pois, Pedro Nuno. Ninguém entendia o teu discurso…mas estamos todos a ver que tinhas razão. Tudo piorou no SNS, a Administração Interna é uma vergonha, a Educação transformou-se numa engenharia de números e o país arde mais do que nunca.
Hoje, a minha perspetiva sobre a atual
liderança socialista volta a ser crítica. José Luís Carneiro herdou um partido
abalado, enfraquecido pela volatilidade ideológica dos portugueses, pela falta
de cultura política facilmente aprisionada pela demagogia e pela habilidade
saloia de alguns. Mas, particularmente no que diz respeito às Presidenciais,
não tem estado bem. Deixou-se ultrapassar pela candidatura demagógica e
oportunista de Ventura. Em vez de agir, foi obrigado a reagir. Mas fê-lo de uma
forma muito frágil, talvez à espera de um incerto resultado mobilizador nas
eleições autárquicas. O seu apelo à unidade à esquerda não terá tido grande
eco.
E à espera…continua precisamente António José
Seguro. Que, sem uma máquina poderosa a trabalhar para a campanha, vai
hesitando em apresentar-se com uma atitude mais vigorosa sobre as várias
questões do Regime. Apesar de tudo, devo dizer, tem mantido a sua popularidade
a um nível que lhe permite ainda «sonhar» com Belém. Não caia na tentação de
copiar seja quem for. Mantenha-se como é.
Com a mesma frontalidade com que o critiquei
há 12 anos (Sec. Geral do PS), declaro hoje o meu apoio a António José Seguro –
candidato à eleição para PR.
https://palavrasemviagem.blogspot.com/2013/02/qual-e-o-drama-minha-cronica-de-hoje-no.html
Setembro de 2025.
António Bondoso
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