2025-09-22


QUAL É A PRESSA? ou…QUAL É O DRAMA?

Os Partidos políticos, as Presidenciais, as suas posições sobre a vida das pessoas…ou de como, cada um de nós vai criando o seu próprio partido, exatamente à medida do seu pensamento ou da falta dele. Cada português é um potencial líder do partido que criou na sua imaginação. 



A propósito de lideranças, das suas atitudes, das suas decisões oportunas ou das suas hesitações, escrevia eu – já lá vão muitos dias para além de 12 anos, ainda se apresentava ao público o jornal Correio Beirão, de Moimenta da Beira – sobre a crise de António José Seguro, então Secretário Geral do PS. Fui muito crítico na altura (poderão verificar na ligação que vos deixo abaixo para o meu Blogue), apesar de compreender a complexidade da situação vivida em Portugal. Mas os líderes foram eleitos, precisamente para liderar e assumir opções. Tudo tem um risco.

Pedro Nuno Santos decidiu arriscar e perdeu. Não que fosse errado o seu pensamento. Foram as circunstâncias do momento, sobretudo quando o aconselharam a ser o que não era. Dizia-se que ninguém entendia o seu discurso e a sua batalha contra a direita. Queriam que ele procurasse o «Centro», quando isso já não era possível. Costa, enredado em hesitações sobre a saúde e sobre os professores, havia deixado toda a direita tomar conta do «centro». Pois, Pedro Nuno. Ninguém entendia o teu discurso…mas estamos todos a ver que tinhas razão. Tudo piorou no SNS, a Administração Interna é uma vergonha, a Educação transformou-se numa engenharia de números e o país arde mais do que nunca.   



Hoje, a minha perspetiva sobre a atual liderança socialista volta a ser crítica. José Luís Carneiro herdou um partido abalado, enfraquecido pela volatilidade ideológica dos portugueses, pela falta de cultura política facilmente aprisionada pela demagogia e pela habilidade saloia de alguns. Mas, particularmente no que diz respeito às Presidenciais, não tem estado bem. Deixou-se ultrapassar pela candidatura demagógica e oportunista de Ventura. Em vez de agir, foi obrigado a reagir. Mas fê-lo de uma forma muito frágil, talvez à espera de um incerto resultado mobilizador nas eleições autárquicas. O seu apelo à unidade à esquerda não terá tido grande eco.  

E à espera…continua precisamente António José Seguro. Que, sem uma máquina poderosa a trabalhar para a campanha, vai hesitando em apresentar-se com uma atitude mais vigorosa sobre as várias questões do Regime. Apesar de tudo, devo dizer, tem mantido a sua popularidade a um nível que lhe permite ainda «sonhar» com Belém. Não caia na tentação de copiar seja quem for. Mantenha-se como é.

Com a mesma frontalidade com que o critiquei há 12 anos (Sec. Geral do PS), declaro hoje o meu apoio a António José Seguro – candidato à eleição para PR.

https://palavrasemviagem.blogspot.com/2013/02/qual-e-o-drama-minha-cronica-de-hoje-no.html


Setembro de 2025.

António Bondoso

https://palavrasemviagem.blogspot.com/2013/02/qual-e-o-drama-minha-cronica-de-hoje-no.html 


 

Sem comentários: