2020-06-05

DESCONFINAMENTO PROGRESSIVO…ou de como a alma tenta afugentar o medo instalado. 


Há dias em Angeiras, com o filho, depois em Lisboa com uma amiga de infância e novos amigos, e também na Régua com os pés de molho no Douro. O Aneto, já desconfinado e nos carris da estação por enquanto sem turistas estrangeiros, apresentou-se a este humilde cidadão com uma simplicidade rigorosa de acolhimento, uma simpatia contagiante e com uma arte gastronómica tipo «Michelin». Nem me dei conta dos condicionalismos impostos – e cumpridos – pelas regras sanitárias. 



         Tudo começou com os tradicionais acepipes e logo de seguida uma «salada de espinafres frescos, queijo chevre, nozes, mel e tomate seco». E não tardou muito apareceram um delicioso «folhado agridoce», c/queijo de cabra, fumeiros, compota e vegetais e um espetacular «rebuçado de alheira de caça», c/espinafre, ovo escalfado, creme balsâmico e sésamo. Tudo regado com vinho Aneto, claro. O repasto terminou com o café, está bem de ver, mas antes houve ainda tempo para saborear um recomendado «Pudim de Late Harvest c/Granizado de Citrinos».


          E felizmente – digo eu – tivemos a lucidez de tirar a máscara para poder desfrutar desta fabulosa refeição.
         Não vou atribuir notas, está bem de ver, pois não sou «chef». O molho para a salada consigo fazer…mas não passo disso. Nem me atrevo a estrelar um ovo. Mas apreciar…isso consigo!
         Parabéns a toda a equipa do Aneto. Na Régua. 




António Bondoso
Junho de 2020.

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