Neste
dia do Autor, quero apenas lembrar dois grandes nomes das Artes. Da escrita e
tudo…diria o futurista Almada Negreiros.
Nascido em na Saudade em S. Tomé, STP, Almada disse um dia: - não me obriguem a explicar nada do que escrevo e digo.
Outro, Mário Quintana, nascido em Alegrete, Rio Grande do Sul, Brasil…escreveu que “Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.”
Passem bem e, se puderem ou quiserem, leiam este meu escrito nos dias de hoje:
No tempo que me resta
Talvez já não consiga perceber o futuro.
A esperança foi retalhada num dia
De céu encoberto
Em maio meio perdido
E eu,
Qual escrivão da ética e dos princípios
Perdi a caneta de tinta permanente
Que denuncia embusteiros
Sacanas e trauliteiros,
Incapaz de ler nos olhos
Uma cegueira brilhante
Ressuscitada no tempo
De meio século de luz.
No tempo que me resta
Já não alcanço os ingratos.
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António Bondoso
Maio de 2025.
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