2008-02-06

ELEIÇÕES...RECESSÃO...FUTEBOL...e outras "coisinhas" sem importância!

Alguma razão especial para "misturar" tudo isto ?
Confesso que ainda não sei bem ! Vou ao sabor da corrente ! E depois logo se vê !

Tem sido interessante acompanhar as "primárias" dos Democratas e dos Republicanos nos EUA. Para além do floclore habitual, de vez em quando há tópicos a merecerem reflexão. Tal como em todo o lado (Portugal incluído), os políticos às vezes dizem coisas em que nem eles próprios acreditam. Para ultrapassar este handicap, inventaram-se os "slogans". O marketing político lá vai conseguindo alguns milagres ! E estes bem são necessários, quando vemos uns a dizer que a América tem soluções e ouvimos outros a falar de mudança, sem dizer exactamente o que é que vai mudar! Sobretudo o que pode ser mudado, sobretudo o que um Presidente pode mudar ! Sobretudo, que condições permitirão mudar alguma coisa de real importância !

Do lado dos Democratas, particularmente, o que se pode esperar de uma campanha e de um combate, nos quais se permitiu a ingerência da religião, do género e da raça ?
O que se poderá esperar de um candidato que não vence nos maiores Estados do País?
O que se poderá esperar de um candidato que não vence na maioria dos Estados ?
O que se poderá esperar de uma "primeira vez" - em quaisquer circunstâncias ?

O que se pode esperar é que, depois de uma tal radicalização ( que a todos deve culpar), o mais provável é sair a fava rica aos Republicanos. John McCain, desalinhado das posições dos clãs dominantes nos "Falcões" Republicanos (particularmente dos Bush), mas com a aura de velho combatente, estará numa posição única para capitalizar todos os receios de apostar na tal "primeira vez" ! E na "pressão" que a envolve ! Terá, sobretudo, a vantagem de estar à frente, a tranquilidade de ver o tempo correr a seu favor, tirar partido da exaustão que vai atingir os seus adversários Democratas. No final desse combate, a desilusão de quem perder poderá entregar "de bandeja" a Sala Oval a John McCaine. Experiência e paciência não lhe faltam para lá chegar. Juntando argúcia à paciência - teremos dois predicados, para já muito ausentes das hostes democratas.

Com a corrida mais louca de sempre - parece que ninguém se dá conta dos "estragos" financeiros e económicos que se anunciam. Também eles divididos quanto aos remédios a aplicar, os economistas do eixo euro-atlântico vão "passando" a vez no seu jogo de póker, à espera de um "full" de ases ou de uma "sequência" imbatíveis. Mas qualquer deles poderá imaginar os resultados catastróficos de uma crise semelhante à do final dos anos 20 e princípio dos anos 30 do século passado. Mais uma vez a culpa não morrerá solteira e tem nomes próprios nas lapelas dos fraques dos cobradores internacionais : - Globalização, neoliberalismo, G-8, FMI, BM, GWBush e os seus pesadelos Iraque e Bin Laden !

Solteira, parece ir morrer a "culpa" da PJ na investigação do caso Madie McCann. Um responsável foi "sacrificado" (inutilmente ?), mas o "maior" conseguiu passar além da tormenta que ele próprio desencadeou, ao revelar publicamente as dúvidas que o assaltaram quando tomou decisões. Precipitou-se então e, pelos vistos, precipitou-se agora ! O Director nacional da PJ enterrou o processo e humilhou os seus investigadores. Só por isso ( e não é coisa pouca ), esperava-se a consequente demissão ! E não se tendo demitido, esperava-se que o fosse! Mas, pelo contrário, viu reforçada a sua confiança ministerial. Lembro-me de um antigo slogan que deu brado nos media deste país :- de vitória em vitória, até à derrota final !

"E o burro sou eu" ?
A resposta encontra-se no resultado final frente à Itália ! Se era uma vergonha antes, agora é ainda pior. Pela arrogância com que o seleccionador de Gilberto Madail encarou e encara os desafios de futebol. O "grupo de amigos" do seleccionador, particularmente as vedetas do MU e o g.r. Ricardo, remaram - mal - contra a maré. Bem auxiliados por uma estratégia e uma táctica mal aplicadas. Um Jorge Ribeiro no banco em favor de um Paulo Ferreira fora do sítio; um F.Meira perdido no meio das operações e o "salvador" milagreiro Makukula ainda nas núvens entre a Madeira e a Luz. É muita coisa para um jogo só. Poderá, ao menos, tirar-se a lição de que a humildade e a competência não são valores exclusivos da massa crítica brasileira. Contudo, tenhamos fé - o "homem" prometeu ir à final do Europeu !

Passem bem e desculpem qualquer coisinha !...
A.B.

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