2014-12-29

ATÉ OS MORTOS FALAM NA RÁDIO...


Costumo eu escrever e faz parte do meu projeto de um livro sobre a Rádio dos meus Amigos, que “até os mortos falam na Rádio”!
Hoje, fala-se de António da Luz Varela.
Um pouco mais avançado do que eu, na idade. Mas tivemos um percurso ainda largamente comum na vida da Rádio. Da ex-EN à RTP (Rádio e Televisão de Portugal) passando pela RDP – António da Luz Varela foi granjeando amigos e camaradas. Um deles disse-me há pouco que o António fez parte da grande revolução do jornalismo na Rua do Quelhas. Ativo e lutador, não deixou por mãos alheias a sua quota-parte de responsabilidade na Comissão de Trabalhadores. Foi ali, certamente, que nos cruzámos – na Rua do Quelhas – entre Outubro de 1974 e Março de 1975. Com alguns como Pedro Cid, Mateus do Ó Boaventura, Manuel Magro, Maria José Mauperrin, Alfacinha da Silva e outros que, a seu tempo, virão à memória. Creio que também o Paulo Pinto, mais jovem do que eu. Ainda a “Redação” era no “sótão” e os redatores – talvez a maioria – escreviam à mão o que, depois, era “decifrado” pelas datilógrafas. A “revolução” veio depois, já eu tinha passado a escrever à máquina nas instalações da EN na Rua Cândido dos Reis, no Porto. E depois, passou a ser de vez em quando. Até hoje, nos seus 72 anos de idade. As informações sobre a sua saúde debilitada iam e vinham nos últimos dias…e ele ausentou-se, apesar das nossas preces. Até sempre António! E leva o meu abraço, que a Dulce certamente se encarregará de te dar. Ficam as memórias e um gesto de carinho muito grande para a tua companheira.
António Bondoso 


António Bondoso
Jornalista

1 comentário:

solstícios disse...

Bonita e sentida homenagem!