2007-08-07

Poesia - Um sopro do Alentejo

Não nos conhecemos pessoalmente, mas já trocámos "palavras" num grupo que se dedica à informação, ao debate, à promoção de S.Tomé e Príncipe. É só utilizar a ligação disponível neste espaço.
De quem falo é de José Augusto de Carvalho, de Viana do Alentejo - Évora.
Alentejo de "Searas ao Vento", o calor, os montes, a simplicidade e a riqueza interior do povo. É fácil amar o Alentejo, sofrido e generoso - a terra do "cante", onde os passarinhos fazem desgarradas às quatro da madrugada.

Do seu livro "em construção" O MEU CANCIONEIRO (II parte, Cantigas de amigo), partilhou
J.A. Carvalho há dias, com o grupo, estes versos que vos deixo :

O meu amigo levou
consigo o meu coração.
No vazio que ficou,
abrigo angústia e aflição...

Levou-mo como refém
da promessa recebida
de eu não ser de mais ninguém,
enquanto a vida for vida...

Amigo que não sabeis
que o coração duma dama
se rege por outras leis
quando por amor se inflama!...

Uma paixão transitória
que um cavaleiro tiver
será sempre a triste história
da vida de uma mulher.
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A.B.

1 comentário:

José-Augusto de Carvalho disse...

Prezado António Bondoso, é muita bondade sua abrigar no seu formoso espaço um dos textos de «o meu cancioneiro», um ousado projecto que tenho entre mãos de recriação dos nossos cancioneiros medievos.
Bem-haja!
Até sempre!
Grande abraço.
José-Augusto