SER CÔNSUL HONORÁRIO É…PAIXÃO.
Uma
ideia que me surge, no dia em que me chegou a notícia do falecimento de Paulo
Patrício – ilustre advogado portuense e que foi cônsul honorário de STP.
Essa ideia poderá ter um valor acrescido no caso de S. Tomé e Príncipe, quer pela dimensão reduzida do país, quer pelo desconhecimento completo de África.
Foi
assim com Paulo Patrício, camarada e amigo de Celestino Costa, ambos a
frequentar «Direito» na Universidade de Coimbra na década de 60 do século
passado.
Celestino Costa viria anos mais tarde,
após a independência, a ser Primeiro Ministro de STP e, daí ao convite, foi um
passo natural.
Entre os anos de 1980 e esta década dos anos de 2020, o Dr. Paulo Patrício exerceu as funções de Cônsul Honorário de S. Tomé e Príncipe em Portugal. Primeiro no país e, mais tarde, só para o Porto e a região Norte.
As minhas profundas ligações ao jovem país africano estiveram na base dos nossos contactos. Quer protocolares, quer em eventos da comunidade são-tomense no Porto. Afável e diplomata, sempre me recebeu com muita cordialidade. E depois…o meu livro com muitas memórias, História e «estórias» de STP – editado com a MinervaCoimbra, em 2005 e a que dei o título de “ESCRAVOS DO PARAÍSO”.
São
desse livro excertos em foto, no qual Paulo Patrício recorda que ser Cônsul
honorário não é apenas a missão de emitir «vistos» para quem pretende
deslocar-se, mas também o trabalho de colocar a diplomacia ao serviço das
relações empresariais. E os empresários portugueses nem sempre perceberam o
alcance do investimento em STP. Ainda hoje a ideia é essa:- investir ali é
chegar ao «coração» da Costa Africana.
Até
sempre Dr. Paulo Patrício.
Receba um abraço saudoso do “são-tomense” António Bondoso. À Família enlutada, particularmente ao filho Rodrigo e Senhora sua mãe Dra Maló, o meu respeito sentido. Ainda há dias estivemos juntos em Lisboa.