2013-10-28

UM GRANDE ABRAÇO AO ZÉ RODRIGUES.



HÁ CIRCUNSTÂNCIAS FELIZES…
…QUE NOS DÃO FELICIDADE !

Um amigo, mais pela simpatia dele do que por mérito meu, assinalou hoje o seu 77º aniversário. E por um feliz acaso – ver o espaço onde amanhã vai decorrer a apresentação do meu livro LUSOFONIA E CPLP – Desafios na Globalização e preparar, naturalmente, a logística da sessão com o Alfredo Vieira – acabei por me ver envolvido num gesto de bonito e sentido calor humano. No seu espaço de criação, na rua da Fábrica Social, o Mestre José Rodrigues foi simbólica e “familiarmente” homenageado por aqueles que ali trabalham – quer no campo da escultura, quer desenvolvendo os mais diversos misteres num “regime” de incubadora: de psicólogos a arquitetos, de bailarinos a homens da escrita.
         A Fundação celebrou o aniversário do Mestre, improvisando uma surpresa que lhe tocou muito e o deixou em puro estado de felicidade. Com acompanhamento da “Banda da Fundação” cantaram-se os tradicionais “parabéns a você”, ouvindo-se ainda uma magistral interpretação do “Porto Sentido” de Rui Veloso.
         Depois brindou-se à saúde do Zé, houve bifanas e prendas, não faltando o bonito e saboroso bolo de aniversário.
         São 77 anos de uma vida plena, de um grande homem que faz o favor de ser meu amigo, que eu me habituei a acompanhar e a admirar desde o nascimento da Bienal de Artes em Vila Nova de Cerveira, que transportou “às costas e na cabeça” as pedras do antigo Convento de San Payo, que há 51 anos ajudou a erguer a Cooperativa Árvore – um símbolo de liberdade do pensamento “inventada” nas tertúlias do Majestic com Ângelo de Sousa, Armando Alves, Deus Pinheiro e Egito Gonçalves. Os tempos eram difíceis, o cerco era imenso e a Pide estava vigilante. E depois, ainda sem ajudas do Estado, teve tempo para erguer a sua Fundação na rua da Fábrica Social, ali à Fontinha.
         Lembrei-me de tudo isto – e ainda falta muito mais, como as “incómodas” conversas na RDP-Antena1 no primeiro lustro deste século, na companhia do Júlio Montenegro, de António Vilar e de Jorge Bento – apenas porque tive a felicidade de estar no lugar certo à hora certa. E, passe a redundância, há momentos felizes que nos dão felicidade. Um grande, grato e presente abraço Zé.
António Bondoso

28 de Outubro de 2013.      

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